quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ansiedade na Infância


Os transtornos de ansiedade na infância são comuns e podem criar um impacto significativo na rotina, no desenvolvimento, nas relações e no processo de aprendizagem. Muitos destes transtornos são persistentes, ou seja, se não forem tratados tendem a aumentar a probabilidade de problemas na vida adulta.

Algumas pesquisas mostram que a presença de preocupações em crianças é mais comum do que pensamos, referem-se ao desempenho escolar, morte, saúde e às relações sociais
É importante ressaltar que a ansiedade é uma resposta de autoproteção gerada por medo e/ou preocupação que varia de acordo com a idade e a realidade da criança.

Segundo Paul Stallard "aproximadamente uma em cada dez crianças e jovens preencherá os critérios diagnósticos para transtorno de ansiedade durante a infância". É uma estatística preocupante, principalmente se pensarmos que quadros de ansiedades frequentemente podem vir associados à depressão.

Vários fatores contribuem para o desenvolvimento de quadros ansiosos na infância e adolescência, entre eles estão as influências genéticas, o temperamento (principalmente inibição), as influências ambientais e fatores cognitivos. Nesse tipo de transtorno é a percepção de uma ameaça que gera a ansiedade e as crianças ansiosas tendem a perceber e interpretar seletivamente sinais de ameaça em situações nem sempre ameaçadoras.

TAC - Transtorno de ansiedade de separação
Mais comum em bebês e crianças em idade pré-escolar, constitui o medo da separação real ou ameaça de separação das pessoas com quem estabeleceu vínculos, especialmente a mãe. A TAC geralmente vem acompanhada da preocupação de que algo vai acontecer com aos pais. A criança pode apresentar relutância em ir à escola, dormir sozinha e ainda desenvolver sintomas somáticos como vômitos, dores de cabeça, náuseas, etc. Também são comuns choro, ataques de raiva, tristeza, apatia, entre outros.

Transtorno de ansiedade fóbico
As fobias se diferencias dos medos normais pois persistem mais tempo, são mal adaptativos e não há especificidade de idade. As fobias são específicas a objetos, lugares ou situações. A reação é intensa e extrema e pode provocar imobilidade, choro, ataques de raiva e angústia intensa.

Fobia Social
Geralmente aparece na adolescência e sua principal característica é o medo excessivo da avaliação de seu desempenho junto ao grupo e em situações sociais. Em reação ao sentimento de humilhação e vergonha, a criança esquiva-se de tais situações. As crianças com fobia social relatam sofrimento moderado em situações como ler em sala de aula, apresntar-se em eventos esportivos e artísticos, falar com adultos, iniciar uma conversa, etc.

Ataques de pânico
São imprevisíveis e acontecem em situações aonde não existe um perigo objetivo. É caracterizado por medo intenso que pode ser: insperado (não existe um fator desencadeante particular), vinculado a situações (ocorrem por antecipação) e predisposto por situações (específicos).

TAG - Transtorno de Ansiedade Generalizada
Mais difícil de ser diagnosticada pois pode ser confundida com outros transtornos afetivos. A TAG caracteriza-se pela preocupação excessiva, intensa e persistente envolvendo vários eventos passados e futuros como desempenho, realização de tarefas, controle de tempo, catástrofes, etc. A criança pode apresentar inquietação motora, nervosismo, tremores, sudorese, taquicardia, tontura, entre outros. Dores de cabeça, de estômago recorrentes, distúrbios do sono, tensão muscular, irritabilidade, dificuldade de concentração, fadiga também são sinais de TAG.


Esse diagnóstico só pode ser feito por um profissional especializado, através de uma avaliação minuciosa.
Medo e ansiedade todos nós temos, mas devemos avaliar quando estes sintomas fogem da normalidade e exigem um cuidado mais específico. Na suspeita ou na dúvida, procure um profissional.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Estresse infantil existe?





Antes de falar sobre o estresse infantil é importante definir o que chamamos de estresse. Esse termo caiu na popularidade, e hoje quando estamos cansados, nervosos ou esgotados logo dizemos que é estresse. A realidade é que estresse é isso e muito mais.

Sintomas como inapetência, irritação, queda no rendimento escolar, ansiedade, agressividade, isolamento, entre outros indicam um quadro de estresse infantil. Vários fatores podem contribuir para o seu aparecimento, como por exemplo: brigas na família, dificuldade de adaptação na escola, mudanças repentinas de rotina, excesso de cobranças e competitividade, intolerância à frustração, excesso de atividades extracurriculares, etc.

Mas afinal, o que é estresse infantil?

O estresse é uma reação emocional diante de situações difíceis ou extremamente excitantes, provocando desequilíbrio físico e emocional. Pode ser desencadeado por fatores internos (personalidade, pensamentos, atitude) ou fatores externos (família, escola, rotina).

É possível prevenir o estresse infantil?

Sim, com certeza. Mas antes de tudo vale a máxima "filho de peixe, peixinho é". Pais estressados tendem a ter filhos estressados, a atitude dos pais diante dos problemas ensina aos filhos como enfrentá-los. Tenha consciência de que você é o maior exemplo que o seu filho tem, e dá a ele o exato padrão de comportamento que tenderá a repetir.

Não sobrecarregue a criança com atividades. Ajude-a a escolher as que mais lhe agradam e fique atento para que o espaço do descanso, da brincadeira e do estudo sejam preservados.

A individualidade deve ser respeitada. Cada criança tem seu próprio rítmo, não compare seu filhos com os irmãos ou com o filho do vizinho. Tenha paciência e priorize sempre a qualidade não a quantidade.

O diálogo é sempre o melhor caminho. Converse, escute a criança e compreenda suas dúvidas, medos e conflitos. Não banalize seus sentimentos ou seu sofrimento. Lembre-se de que este é o universo dela.

Evite a superproteção. Desenvolver a independência e autonomia é fundamental para que a criança aprenda que pode enfrentar e resolver seus problemas. Crianças demasiadamente poupadas não são preparadas para enfrentar o mundo.

Lembre-se: crianças não são adultos em miniatura. Não transfira para os filhos responsabilidades que não são deles. Questões conjugais devem ser resolvidas sem o envolvimento das crianças.

E, por fim, não vincule o afeto ao desempenho da criança. Muita cautela ao estabelecer trocas na base da punição ou recompensa, voce pode estar mostrando ao seu filho que o valor está no que ele faz e não em quem ele é.

Na dúvida procure um profissional especializado.

Educar é uma grande aventura e, como em toda aventura, devemos ficar atentos aos nossos passos e aos caminhos que escolhemos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

Bate papo sobre Sexualidade Infantil






  • Qual a diferença entre sexo e sexualidade?

  • Por que ficamos tão desconfortáveis quando o assunto é sexo?

  • Como as crianças vivenciam a sexualida e porque essa vivência é importante para o desenvolvimento emocional?

São muitas questões não é mesmo?


Para falar sobre estas e outras dúvidas participe do Workshop


"Uma conversa sobre sexualidade infantil"


Dia 27/03/2010 das 10 às 12horas



Local: A Doce Vida Educação Infantil


Maiores detalhes telefone 11 3277-8090


www.adocevida.com.br/



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Nascimento


20 de dezembro de 2002 às 16:53hs.
Dia do nascimento do Eduardo, meu filho mais velho, hoje com sete anos.
Foi precisamente neste dia que minhas idéias a respeito de educação começaram a mudar radicalmente. Aos 32 anos, formada em psicologia e atendendo crianças e orientando pais já há algum tempo, me vi reformulando conceitos e vivenciando o "outro lado da moeda".
Ser educador é um desafio constante, seja em casa, na escola, em instituições, com crianças, jovens, adultos ou idosos. Educar requer paciência, afeto, conhecimento, sensibilidade, disponibilidade, flexibilidade e tantos outros adjetivos que fariam desta lista algo interminável.
Nós, adultos, temos a pretensão de preparar as crianças para enfrentar o mundo e é a isso que chamamos educação. Quando, na realidade, a criança nos apresenta o seu mundo e traz de volta nossa alma perdida na "realidade" que tanto valorizamos.
A educação, como eu a entendo, é uma via de mão dupla, ensinamos e aprendemos concomitantemente, mas para tanto é preciso um quantum de humildade pra receber a lição.
Minha proposta é que façamos juntos uma viagem, sem medo, discutindo idéias, contando fatos, vivências, transcrevendo ou criando textos, imagens, sons que nos levem a descobrir novos caminhos na educação e na vida. Recriar o olhar do adulto através do olhar da criança e trocar idéias, renascendo para a nossa maneira de ver o mundo.